para a minha mãe
Alacridades que tremeluzem,
mágoas que marcam,
queixumes supérfluos,
cóleras sobejas,
lá estás, estiveste, estarás…
Primeira fila perpetuamente,
enxergando o concerto
como quem fita o horizonte de perto.
Larguemos agora o olhar, já é hora,
todavia, não abatamos essa corrente oculta
que corre e nos ata
daquilo a que dão o nome de amor,
mas muito menos trivial,
muito mais nosso.
Não abatamos o insofismável para os outros,
composto de melodias sincopadas,
que só nós ouvimos verdadeiramente.
Se não houvesses Tu
não existia Eu,
e o Nós era quebrado.
Maia, 2 de Junho de 2010
André Cerqueira
sábado, 5 de junho de 2010
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