sábado, 5 de junho de 2010

O Gato e a Gaivota

para a minha mãe

Alacridades que tremeluzem,
mágoas que marcam,
queixumes supérfluos,
cóleras sobejas,
lá estás, estiveste, estarás…
Primeira fila perpetuamente,
enxergando o concerto
como quem fita o horizonte de perto.

Larguemos agora o olhar, já é hora,
todavia, não abatamos essa corrente oculta
que corre e nos ata
daquilo a que dão o nome de amor,
mas muito menos trivial,
muito mais nosso.

Não abatamos o insofismável para os outros,
composto de melodias sincopadas,
que só nós ouvimos verdadeiramente.

Se não houvesses Tu
não existia Eu,
e o Nós era quebrado.

Maia, 2 de Junho de 2010
André Cerqueira

3 comentários:

Anónimo disse...

É perpétuo o meu Amor por ti meu Gaivotinha...vai infinitamente para além do tempo, de toda a eternidade...,ajudar-te a aprender a voar...libertar-te....deixar-te partir...para que voltes sempre...Por tudo o que a vida te oferecer de bom ou menos bom lembra-te sempre que ali estou na fila da frente para te dar aquela força que por alguma razão te possa faltar...mesmo não estando lá um dia... saberás exactamente em que lugar estou...ali...para te dar força...Sei que não fui um Gato fácil, perdoa-me pelo excesso, não consegui diferente....olho para trás e sinto que muito foi demasiado às vezes......,como te dizer que o sinto nas entranhas do meu ser mas que apesar de tudo isso....o consegui...olho para ti e vejo o teu interior, leio a tua alma e apesar de ter consciência da tua consciência...gosto do que vejo e sinto....consegui-mos.Estou eternamente grata à vida por seres meu filho, por tudo o que me ensinaste e ensinas... pelo tanto que me fizeste crescer e ser...pela alegria que sinto neste momento ao ler este teu poema dedicado a mim...obrigada...da tua mammy

Patrícia disse...

Encontrei o teu blog e achei este poema muito bonito, uma boa homenagem. A tua mãe deve estar orgulhosa. :)

luis nuno barbosa disse...

gostei (: