Tenho fome,
de unir letras e versejar,
e da ponte do insaciável
não consigo atravessar.
É um vazio oco, que por nada
nada sem água o meu estômago.
Sinto sede de viajar infinitamente,
erguer o polegar por boleia ao tempo,
e ao seu sabor doce me embeber.
Contudo, o copo está vazio.
Ser turista,
isso é coisa de amadores,
e exuberantemente superficial,
apenas para quem frui de bom capital.
Eu desejo e preciso de algo além,
ser como um velho viajante,
cuja bengala e sabedoria,
conhecem e já cumprimentaram a alma
de todas as paisagens e vistas miradas,
todos os rios e oceanos cruzados, todas as
ruas e trilhos não mapeados...
Porém, o copo permanece vazio...
Maia, 22 de Janeiro de 2010 António Seia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário