quarta-feira, 28 de julho de 2010

Solstício d’Inverno

Tristes encontravam-se alguns,
outros ficavam radiantes.

Uns subiam as escadas,
para a tal cidade de Deus.
Outros desciam-nas, para cá ficarem,
conforme outrora o fez o menino.

Um solstício bem amargo esse.

Nem a neve melancólica caiava as ruas,
nem o frio ardente gelava,
nem a família disjunta unia,
nem a lareira me aquecia.

É isto que sois, Natal?
Dias lerdos e cansados
que nos travam os sorrisos?

Assim vos escrevo,
assim vos aviso,
para que componhais este Dezembro
com menos improviso.


Maia, 14 de Dezembro de 2009
António Seia

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