quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ser auto-trófico

Afirmo-me um ser auto-trófico, logo produzo a minha própria energia e matéria, pois eu não me alimento de comida que se possa comprar e cozinhar, mas sim dos poemas que eu próprio escrevo. Mas só redigi-los e nutrir-me deles não chega, é preciso que os outros, as pessoas que me rodeiam os leiam para que eu possa assim fazer a minha digestão e não morrer de dores de tédio e ansiedade insuportáveis. E passo a explicar e repiso, que não é preciso que os demais leiam e digam bem do que rabisco, podem dizer mal desde que leiam e critiquem.
Ás vezes as pessoas perguntam-me: então qual foi o poema que gostaste mais de fazer? E eu respondo: «o próximo, pois cada poema que faço atinge a um determinado instante um auge de felicidade, e é desse cume que procuro sempre».

António Seia

3 comentários:

Patrícia disse...

Até há pouco tempo atrás também não conhecia. É claro que esta sua faceta não se compara de forma alguma à sua obra poética, mas é um outro seu lado (também) notável .

Quanto ao elogio, obviamente, não é preciso agradecer.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Guitarrístico disse...

Caro Seia, tenho saudades de me deliciar a ler a sua poesia.
Peço-lhe que escreva mais vezes e que actualize o seu Blog.
Obrigado,
Guitarrístico